Fotografia do evento Quarta dos Tambores, onde foram gravados diversos toques de candomblé, inclusive o Aguerê – toque-base para “Aguerê Vira Mão”
O vídeo-registro, postado anteriormente aqui no blog e que aponta algumas das muitas atividades realizadas em Cachoeira, contou com duas canções especialmente produzidas com material sonoro da cidade. São as mixscapes ou paisagens sonoras musicalizadas – criadas por Marcelo Wasem – experimentações com a paisagem sonora local e fragmentos de falas, onde tais recortes são usados na construção de samples e trilhas que servem como base para criações com intenção mais musical (com harmonias e melodias).
As duas mixscapes são Boa Morte e Aguerê Vira Mão e podem ser ouvidas na plataforma gratuita Estúdio Livre.
A primeira etapa do projeto chega ao fim, com muitas atividades concluídas e outras tantas em andamento. Foram horas de transmissão ao vivo, ações pelas ruas de Cachoeira e São Félix, entrevistas em foto, vídeo e áudio e muitas horas de conversas e encontros. Um pessoal de Cachoeira gostou de fazer rádio e pensa agora em como continuar. Outros iniciaram o Diário Cartográfico, um livro-objeto que seguirá circulando pelas moradores da região.
A segunda etapa começa agora, com a passagem destes conteúdos para a plataforma na internet chamada MapaRec. Desenvolvida em parceria com o Link Livre (Grupo de Estudos e Práticas Laboratoriais em Plataformas e Softwares Livres e Multimeios), o MapaRec possibilita que qualquer um coloque o seu ponto ou rota no mapa colaborativo, sem mesmo precisar de cadastro. Um grande diferencial do MapaRec é possibilitar que conteúdos multimídias sejam vinculados diretamente no desenho do mapa. As diversas experiências realizadas na etapa presencial possuirão uma categoria especial chamada “Rádio Interofônica”, agregando conteúdos em imagem, som e vídeo.
Estes registros são frutos da parceria entre os projetos Rádio Interofônica e FIAR 3. Registram um dia de intervenções no Jardim Grande, com Ricardo Brazileiro e Felipe Braite.
A Rádio Interofônica é o encontro dos coletivos Ondas Radiofônicas (RJ) e Rádio Amnésia (PB/PE/BA), realizando intervenções audiovisuais ao vivo na rua, utilizando o rádio como suporte central para dinamizar estudos audiovisuais e intervenções urbanas. As ações foram iniciadas durante o Circuito Interações Estéticas, em quatro capitais do país, como parte do Eixo Fixo em todas as etapas. O mapeamento de histórias e paisagens sonoras é uma das ações características realizadas durante esses encontros, bem como experiências com eletrônica digital e performances de edição de áudio e vídeo ao vivo (DJing e VJing).
Agora a Rádio Interofônica terá sua 5a.edição na cidade de Cachoeira, localizada no Recôncavo Bahiano. Fique atento ao blog para ver as última novidades!
Vídeo mostrando a ação Papos Ambulantes em BH, junto com o dispositivo sonoro Black Box e realizado dentro do Circuito Interações Estéticas pela Rádio Interofônica. Uma parceria entre os projetos Ondas Radiofônicas e Rádio Amnésia
Primeiro vídeo-drops da ação “Papos Ambulantes” no mercado São José – mercado popular de Recife. A ação foi uma das atividades da Rádio Interofônica, uma proposta de rádio nômade entre os projetos Ondas Radiofônicas (RJ) e Rádio Amnésia (PB/PE) dentro do Circuito Interações Estéticas 2010. Nesta cidade, participaram Ronaldo Eli, Mariana Novaes, Marcelo Wasem, Succo (como convidado) e Wagner Seara (colaborador e homem da linha de frente). Foram distribuídos 6 CD’s musicais diferentes, totalizando 100 unidades, que fazem parte do acervo da Rádio Amnésia e são livres, ou seja, não possuem propriedade autoral restritiva, ou copyrights.
Para colocar mais lenha nesta discussão, leia “Pirataria não é crime, é política, defende partido sueco“, onde foi criado o Partido Pirata. Citando a última parte da entrevista concedida por Amelia Andersdotter, a mais jovem membro do Parlamento Europeu: “Pirata não é uma palavra inventada por nós, mas sim pelas gravadoras e industria cinematográfica que querem estigmatizar o ato de piratear filmes ou música como algo mal. O que nós temos feito é dar um sentido positivo e de rebeldia. Ser pirata não é algo que tenhamos que nos envergonhar. Ao contrário, é muito nobre e se você é pirata está compartilhando a cultura e a informação.”